Marc Chagall, O Sacrifício de Isaque, 1960-1966, óleo sobre tela, 230 x 235 cm.
Museu Nacional Mensagem Bíblica Marc Chagall, Nice, França.
Descrição do site: Abraão estava prestes a sacrificar seu filho quando o anjo para
seu braço. A composição caracteriza-se pela separação de desenho e cor, tem
dois registros.
No registro superior, o anjo, manifestação do Verbo Divino é
desenhado transparente sobre o céu azul. Mas ali também aparece a menção dos
infortúnios da descendência de Abraão, Chagall não hesita em lembrar através da
representação da maternidade e uma cena do martírio de Cristo, um símbolo do sofrimento
judaico na sua pintura.
No registro inferior, o grupo de Abraão e seu filho são
coloridos pela chama do Holocausto. O corpo de Isaac, abandonado como a de Adam
em A Criação do Homem, também atesta a submissão do homem a Deus.
Comentário e interpretação pessoal:
Chagall funde nesta obra presente e futuro, espiritual e físico.
Na parte inferior da obra ele situa Abraão, Isaque, Sara e o anjo. Na parte superior retrata o sacrifício de Jesus Cristo, descendente de Abraão. Dessa forma ele mescla a cena principal (O sacrifício de Isaque) com seu paralelo no futuro (o sacríficio de Cristo).
A ligação dos dois tempo fica por conta do vermelho do sangue que escorre da cruz até o passado. Do sacrifício real de Jesus até o sacrifício simbólico em Isaque.
Existe também uma relação direta entre Cristo e o cordeiro. O cordeiro é o símbolo do sacrifício do inocente pelos pecados do homens. Me parece ser exatamente por causa desta relação que ele se encontra no plano espiritual da obra e não no físico.
Existe uma relação de libertação entre o cordeiro (símbolo de Jesus) e Isaque. Chagall faz esta ligação através da cor amarela. Simbolizando esta libertação da morte que flui de Cristo aos homens.
Há também uma ligação entre as duas mulheres que parecem clamar a Deus na parte inferior e superior da obra. Elas são Sara e Maria. As duas estão na mesma posição. Submissas em relação a vontade de Deus, sofrem e clamam a Ele por libertação.
Os dois anjos que estar com suas atenções voltadas para planos diferentes. Um dirige sua atenção para Abraão para impedi-lo de sacrificar Isaque. O outro aponta para o sacrifício de Jesus e a Ele direciona seu olhar.
O autor usa azul para retratar o céu de onde o anjos vem e para onde Cristo se encaminha (mundo espiritual) e em contraposição fez uso do marrom para retratar a terra (mundo físico).
Cristo está entre o Céu e a Terra, o que transmite a ideia de que ele possui simultaneamente natureza divina e humana. Também transmite a ideia do sacrifício que religa o homem a Deus.
No plano futuro o artista ainda cria uma nova abertura temporal para retratar a infância de Jesus. No canto superior direito uma mulher e uma criança. Uma versão do famoso tema da Virgem e a criança (ou Madona). Porém, esta possui uma diferença. Enquanto nas outras pinturas que fazem uso deste tema Maria olha para seu filho no colo, esta parece olhar para o futuro, para seu filho na cruz.
Na parte inferior da obra ele situa Abraão, Isaque, Sara e o anjo. Na parte superior retrata o sacrifício de Jesus Cristo, descendente de Abraão. Dessa forma ele mescla a cena principal (O sacrifício de Isaque) com seu paralelo no futuro (o sacríficio de Cristo).
A ligação dos dois tempo fica por conta do vermelho do sangue que escorre da cruz até o passado. Do sacrifício real de Jesus até o sacrifício simbólico em Isaque.
Existe também uma relação direta entre Cristo e o cordeiro. O cordeiro é o símbolo do sacrifício do inocente pelos pecados do homens. Me parece ser exatamente por causa desta relação que ele se encontra no plano espiritual da obra e não no físico.
Existe uma relação de libertação entre o cordeiro (símbolo de Jesus) e Isaque. Chagall faz esta ligação através da cor amarela. Simbolizando esta libertação da morte que flui de Cristo aos homens.
Há também uma ligação entre as duas mulheres que parecem clamar a Deus na parte inferior e superior da obra. Elas são Sara e Maria. As duas estão na mesma posição. Submissas em relação a vontade de Deus, sofrem e clamam a Ele por libertação.
Os dois anjos que estar com suas atenções voltadas para planos diferentes. Um dirige sua atenção para Abraão para impedi-lo de sacrificar Isaque. O outro aponta para o sacrifício de Jesus e a Ele direciona seu olhar.
O autor usa azul para retratar o céu de onde o anjos vem e para onde Cristo se encaminha (mundo espiritual) e em contraposição fez uso do marrom para retratar a terra (mundo físico).
Cristo está entre o Céu e a Terra, o que transmite a ideia de que ele possui simultaneamente natureza divina e humana. Também transmite a ideia do sacrifício que religa o homem a Deus.
No plano futuro o artista ainda cria uma nova abertura temporal para retratar a infância de Jesus. No canto superior direito uma mulher e uma criança. Uma versão do famoso tema da Virgem e a criança (ou Madona). Porém, esta possui uma diferença. Enquanto nas outras pinturas que fazem uso deste tema Maria olha para seu filho no colo, esta parece olhar para o futuro, para seu filho na cruz.
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